O modelo de negócio é a estruturação pela qual a empresa entrega os produtos ou serviços e gera valor para os clientes. Representa o modo como a empresa atua, de que maneira fatura e por qual formato encontra seus clientes e realiza as suas entregas.
É esse modelo que dá origem ao plano de negócios, já que os termos significam coisas diferentes. Pelo plano, são detalhados e registrados dados, critérios, estratégias, recursos e demais componentes sobre tópicos como proposta de valor, canais de marketing e vendas, fontes de receita, parceiros-chave e principais fornecedores.
O plano de negócios atua como planejamento estratégico e direcionador das ações necessárias ao funcionamento do modelo de negócios.
Existem diversos modelos, mas os planos de negócios sempre contam com os mesmos tópicos de base (com outros sendo adicionados devido a particularidades da empresa) e não mudam seus objetivos: estratégia global central e direcionamento de ações e recursos.
Após explicar o que é um modelo e qual sua relação com o plano de negócios, expliquemos quais modelos existem para estruturar ou reestruturar seu empreendimento.
Nesse formato, o seu produto é uma plataforma tecnológica que liga dois lados de um mercado, quase como um intermediador. E o uso pode ser feito gratuitamente por um desses lados ou mesmo por ambos, com a geração de receita sendo via valores fixos ou variáveis por negócios/compras/vendas entre as partes que utilizam a plataforma.
Um exemplo de plataforma multilateral é o Airbnb, que conectou proprietários de imóveis não ocupados a pessoas que precisam de estadias periódicas. Tanto quem busca um imóvel quanto quem coloca o seu à disposição na plataforma não paga nada pelo uso da tecnologia e dos seus serviços. O Airbnb fatura quando uma reserva é feita, momento no qual parte do valor da reserva vai para a empresa como taxa de serviços prestados.
É um modelo de negócios para o qual é fundamental criar duas estratégias de marketing diferentes, pois tráfego e leads para o site ou aplicativo é questão de sobrevivência. Enquanto uma estratégia precisa abordar os fornecedores de produtos ou serviços que desejam faturar, outra tem de apelar aos desejos do público de consumir com agilidade e outros benefícios.
Parecido com e-commerce, esse tipo de plataforma foca em vendas de mercadorias, com a abrangência de vários comerciantes em apenas um endereço web e/ou app. Aqui, o marketplace pode faturar uma comissão por venda ou cobrar um valor para hospedagem da loja em sua infraestrutura.
Assim como no e-commerce, gerar tráfego é fundamental para um marketplace converter o maior número possível de vendas para seus parceiros hospedados.
O modelo de negócios SaaS também funciona pela entrega de tecnologia, mas por meio de assinatura mensal, trimestral, semestral ou anual para os clientes que fazem uso. Os maiores exemplos que temos são softwares de gestão financeira, ferramentas de marketing e vendas e sistema de gestão empresarial.
Dependendo da tecnologia da empresa, ela pode tanto ser passível de entregar como marketplace quanto como SaaS, caso de uma plataforma de comércio eletrônico. Nesse caso, o que deve ser analisado é a infraestrutura que se tem e como a plataforma está arquitetada. Em um marketplace, a empresa deve dar suporte a vários vendedores e ainda gerar demanda para eles, enquanto no formato SaaS os usuários têm suas próprias contas e seus limites de uso de memória e outros recursos e devem gerenciar totalmente critérios como demanda e montagem de layouts.
Por essa estratégia, um produto é vendido primeiramente para que outro, o carro-chefe do negócio, possa ser vendido continuamente depois. Esse primeiro produto precisa do segundo para o comprador ter o que deseja com a sua aquisição.
É o caso das fabricantes de cápsulas de cafés especiais, que vendem as máquinas exclusivas para essas cápsulas a preços acessíveis, sendo essa a isca que faz as pessoas se tornarem clientes, comprarem continuamente as cápsulas depois, vendidas com margens de lucro maiores em relação às margens dos equipamentos.
Muitas vezes o modelo de negócios freemium é ao mesmo tempo, um SaaS, no qual um dos pacotes de assinatura de uso do software é gratuito. Em todo caso, caracterizando o modelo freemium, seja dentro ou fora do mercado SaaS, é o oferecimento de uso gratuito limitado, cuja experiência do cliente pode ser melhorada se ele realizar o upgrade e consumir o plano pago.
Um dos principais cuidados que se deve ter na atuação freemium é em relação à gestão financeira. A receita dos planos pagos deve cobrir as despesas geradas pelos planos free, junto às demais contas dos negócios, e ainda possibilitar que haja lucro.
Aqui, as franqueadoras vendem unidades prontas para operação aos franqueados. Hoje em dia, além das unidades físicas, já existem também os negócios digitais.
Para fazer sucesso com esse modelo de negócio, a empresa deve primeiramente criar, testar e validar muito bem uma estrutura inicial, de uma unidade ou poucas próprias, e aprimorá-la ao máximo, ao ponto que novas unidades possam ser espalhadas e operadas e gerenciadas por outras pessoas. Depois, é preciso realizar um minucioso e eficiente plano de franqueamento, que estabelece critérios como royalties, taxas, planos vendidos, maneira de implementar as novas unidades e estratégia de acompanhamento e otimização das unidades franqueadas.
O formato de assinatura às vezes é confundido com o SaaS por ser baseado em tecnologia e utilizado mediante pagamento de mensalidade. Porém, as empresas que vendem por assinatura não entregam softwares para uso e sim outros produtos por meio de uma plataforma. Ou seja, o software não é o serviço.
Por exemplo, a Netflix tem um modelo de assinaturas. Pela sua plataforma, entrega os conteúdos, sendo os produtos que realmente as pessoas buscam na empresa.
As empresas desse modelo não deixam de buscar lucro e crescimento, como as demais, e também funcionam com as mesmas estruturas. Porém, elas também têm o objetivo de gerar impacto social e mudanças importantes nesse meio com sua atuação e seus produtos ou serviços.
Um exemplo interessante é a Fleximedical, que atua na área da saúde. Como negócio, o que a empresa faz é desenvolver unidades móveis de atendimento e realização de exames e vendê-los a operadoras de planos de saúde e administrações públicas. A parte social do negócio está em projetar as unidades para regiões econômica e socialmente vulneráveis, nas quais o atendimento é insuficiente ou inexistente, motivo pelo qual as unidades são feitas sob medida para os projetos apresentados que visam os atendimentos em tais áreas.
Portanto, é uma adaptação de um modelo que por norma não seria social, como o simples desenvolvimento de tecnologia médica para hospitais e planos de saúde, para atendimento a uma mazela social existente.
Depois que você definir qual será o modelo de negócios para estruturar ou reestruturar seu empreendimento, terá de ilustrá-lo no plano de negócios, que citamos anteriormente.
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